FASCISMO NÃO SE DISCUTE, DAR-SE COMBATE!





A fala da dra. Rachel Varela, intelectual, professora e analista política portuguesa, inserida no vídeo abaixo, é a mais pura verdade. O discurso dos fascistas seja nos Estados Unidos, no Brasil e/ou em Portugal, assim como em outros países, é desprovido de conteúdo. Nele não existe proposta factível, mas ameaça. Como diz a dra. Varela, a estratégia política do fascismo é a permanente mobilização da violência. Haja vista o que aconteceu e continua a acontecer aqui no Brasil, seja no Congresso Nacional, nas assembleias legislativas, câmaras municipais, ruas e praças e, internamente, em diversos lares.
Onde estiver um fascista, no caso aqui um bolsonarista, em ação, a violência, logo se instala, pois para essa gentalha não existe debate de ideias, pois ideias ela não tem, mas agressividade. É o tal querer ganhar no grito. Não podendo vencer democraticamente o debate por meio das ideias a situação resvala sempre para a agressividade.
Caso indivíduos, ou grupos fascistas, alcancem o poder aí então o que em si era simplesmente mau-caratismo no modo de ser e de agir, acaba por resvalar para a violência e fazendo uso do aparelho de Estado. Particularmente o uso indiscriminado das polícias para eliminar aqueles que o fascismo considera seus opositores ou então indesejáveis.
É por demais evidente que o fascismo se utiliza da intimidação e da violência para silenciar vozes dissidentes. Basta que se olhe para o que o (des) governador Tarcísio de Freitas, um bolsonarista empedernido, está fazendo em São Paulo, via polícia militar, com pobres, negros e desempregados, moradores pobres do centro e da periferia, em termos de agressões e mortes. O que também acaba por incentivar nessa mesma direção suas hordas (seguidores), não importa onde estejam. O que explica a quantidade de assassinatos muitos dos quais por razões fúteis. Crimes praticados por indivíduos fascistas, principalmente o assassinato de mulheres (feminicídio).
Em que pese existir no Brasil uma tradição nesse sentido, tradição de viés machista, autoritária e, portanto, covarde, porém de uns anos para cá a situação atingiu índices assustadores. A razão disso não pode ser outra senão incentivada pelo bolsonarismo abjeto que hoje permeia a sociedade.
Lamentável, porém, é ver sindicalistas se assumindo bolsonaristas sem levar em conta que o fascismo não possui apreço algum pelos sindicatos. Seu projeto é destruir toda e qualquer forma de organização dos trabalhadores e trabalhadoras para que, uma vez despossuídos de seus instrumentos de representação e de luta, não possam defender-se da brutal exploração ao qual o capital nessa fase neoliberal (desmonte do Estado e dos direitos) está impondo à classe que vive do trabalho.
Desse modo, o fascismo é uma clara e evidente maneira violenta de proteger o status quo capitalista objetivando garantir a continuidade do sistema de exploração da força de trabalho sem conflito social.

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